Muito sobre nada

Peguei meu atual desatualizado diário.
Pois é, eu realmente gosto de escrever. Sim, tô velha mas gosto disso. Não, você não vai ler né.
Então, respondendo ao que surgiu na sua mente e dando sequência a primeira frase, falei pensei "vou transcrever uma parte" e lógico, "pera, tô louca, vai dar merda".
Ok, abri aleatoriamente nas várias páginas escritas, só que não.
Tá desatualizado, ou seja, tanta página em branco que foi difícil achar algo.
Mas, não desisto quase nunca (e não descobri esse recurso para 'tachar' o texto hoje, juro)
E se eu disponibilizasse exatamente este diário para alguém ler, garanto que seria surpreendente. Primeiro porque parece uma prestação de contas, tá bem feio isso. O crucial mesmo, é um diário de uma das fases mais turbulentas da minha vida. Ele tem exatos, ahn, pera, vou conferir a data.
Nossa, dois meses.
Ok, o tempo tem passado mais rápido na minha cabeça.
Só que foram dois meses bem movimentados eu diria. Emocionalmente pelo menos né (haha!).
E eu perdi a conta de quantos nomes, e de quantas vezes disse que queria focar na faculdade e no trabalho. Aí vem a pergunta, e você focou Teles?
Não.
No trabalho até que sim. Gosto do que faço, então não é difícil.
Só que a faculdade, tem sido uma real tortura. E não é só pelo Cálculo e pela Geometria Analítica e Cálculo Vetorial - vamos nos reencontrar ainda, sei disso - mas por tudo, o que torna segunda à sexta, de 19h às 22h30 um tormento na minha vida.
Não vou pensar nisso agora - mas deveria Teles, tá adiando, não pode fugir dos problemas. Eu sei, sei mesmo, mas não sei o que fazer, e pensar agora não vai fazer brotar a decisão, sou estranha, lembra? - então.
Eu disse exatamente isso pra mim:
Menos ansiedade. Menos mimimi. Levanta a cabeça e bola pra frente.
Toca a vida em frente. Foca na faculdade e no trabalho.
O resto, deixa arder.
As vezes eu acho que falo de um jeito feio, mas é tão confortável e tão eu, então que se dane.
Eu queria ser menos ansiosa.
Queria largar essa imaginação ultra mega power blaster master fértil e pensar o que todo mundo consegue pensar, sem criar, SEM CRIAR um mundo, uma história, uma verdade absoluta e acreditar nela.
Isso é foda.
É um dos meus piores defeitos. Porque eu não sei 'trabalhar' nisso, me perco entre a realidade e a minha realidade e geralmente, aí a coisa desanda.
Levantar a cabeça e seguir em frente é comigo.
O que há no diário é prova disso.
Nesse ponto, sou super mulher, bem resolvida e de atitude - ai, que orgulho!
Eu quero? Quero. Então eu luto, vou atrás, tenho atitude.
Não deu? Eu insisto (de maneira inteligente, na maioria das vezes).
Não deu mesmo. Eu sei perceber quando não dá, não há, não vai adiantar. Então eu desisto, deixo ir, sigo em frente, mudo de objetivo, me reinvento e sigo meu caminho. Desapego.
E dificilmente eu vou voltar atrás, eu costumo tentar até a última chance.
Aprendi comigo que "e se..." não é pra mim. Não mesmo. É uma dúvida que corrói, destrói, leva um pouco a cada dia.
Pensar o que poderia ter sido é se prender no passado a um futuro que nunca vai existir, mas que insiste em ser presente na sua cabeça, e isso não é saudável, mesmo. Então, eu evito ao máximo tudo o que poderia ser e não foi.
Não, não foi, mas não porque eu não tentei, ou porque não quis. Porque não aconteceu.
Não quero carregar arrependimentos por atos não cometidos.
Esses arrependimentos são culpas, é aquela culpa que você sente, e me diz, vale a pena ser culpado por algo que você não cometeu? Não.
Então não é vulgar se arrepender só daquilo que você fez.
Se for pra me arrepender, pra me culpar, que seja por algo que eu realmente fiz e não pelas coisas que eu deixei de fazer.

Um comentário:

  1. Amiga, primeiro eu sou ansiosa ao extremo, acho que você sabe disso rs
    E infelizmente eu tbm tenho uma imaginação fértil que sempre me joga no buraco, esses dias inclusive estou vivendo "no buraco" de tanta ansiedade e loucura juntas! hahaha
    SOCORRO!

    Beijos, te amo!!!!

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