Memórias




"Foi estranho no começo, afinal ninguém nota um milagre ou mesmo o amor de toda uma vida quando este entra pela porta e senta-se timidamente do outro lado de uma sala de espera. Não sei mas sempre penso porque não sentar perto de mim, eramos só nós dois e claro, o senhor interessante da previsão do tempo - um dia ainda vai admitir que ele não sabia nem em que ano estávamos - mas não foi um problema, sua revista não era assim interessante, e assim eu mereci um espaço, um olhar para ao menos ver se me conhecia.
Recebi mais do que isso, um olhar rápido e um sorriso longo. (Se lembre sempre do quão incrível é seu sorriso tímido de olhos fechados, se um dia precisar conquistar alguém por ai). E assim as coisas vieram, sem que eu percebesse, sem que eu tivesse noção de cada dádiva, e como o homem da previsão do tempo, sem que eu notasse o tempo que também passava, e passou rápido. Muito rápido.
Eu te encontrei da mesma maneira que te perdi.
Sem perceber, em uma sala de espera, e tudo que me sobrou, tudo que restou foi saber tarde demais tudo que eu tinha, e ler - eu não achei invasivo, me perdoe se não gostou - nossas memórias, escritas do seu jeito, com seus rabiscos e chorar, enquanto você deve estar em outra sala de espera, uma espera por mim."

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