Vocação

As vezes penso como eu estaria agora, se tudo para mim fosse diferente. Se eu não estivesse acordada escrevendo a 1h48 da manhã, se eu não gostasse de moda, literatura, coisas de adolescente - com muito orgulho - coisas futeis. E se eu gostasse de matemática, física?
Não sei, acho que seria muito sem graça, muito sem graça. Porque eu ando percebendo que a minha diversão, que meu diferencial está no gostar daquilo que é superfluo. Não sendo uma pessoa falsa, mas gostando daquilo que todo mundo gosta, mas ignora quando a conversa fica séria. Hoje eu fiquei envergonhada por ser assim: futil, tal qual a sociedade rotula. Mas e daí? Eu gosto de moda, de makes, de cabelo, de livros com histórias fantásticas, de revistas, de sinceridade, e ao menos, da tentativa de ser feliz.
Não, eu não estou camuflando o mundo de verdade com um blush coral, - para dar um ar alegre - eu só estou me importando com o que eu inconscientemente me importo. Eu só estou sendo o que sou, quero trabalhar com as coisas com as quais me divirto, fico feliz. Porque pra mim, tendências são importantes, não seguidas a risca, não vivo - e não aconselho a viver - sob a ditadura da moda, mas a sua margem, aonde ainda há diversão, e ilusão, de que o mundo pode ser mais bonito, de que eu, e você também pode ser, do time que trabalha naquilo que a maioria critica, mas a mesma maioria que não vive sem.
Quero trabalhar com as coisas futeis que são importantes para muitas, assim como são para mim. Quero escrever, sempre, quero trabalhar com moda, quero escrever sobre, quero o que sempre quis, agora aqui, na cara de qualquer um, sem vergonha, do que eu sou. E do que, com trabalho, serei.
Eu estou apenas vivendo da minha perspectiva. Sem camuflagens.

Um comentário:

  1. Adoro o jeito como vc escreve, adoro o jeito como vc me dá um lição de moral com as letras...adoro o jeito que vc sorri quando eu admito isso.
    Eu amo isso

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