carta.

18 de agosto. 


Querida,
Espero que esteja bem, porque eu, não estou. Queria, devia, ter ouvido você, não devia ter acreditado nas mentiras que acreditei, não devia ter amado, me entregado a um amor que só existia em mim. Sinto raiva, muita raiva. Dele, das mentiras dele, da falsidade, da pouca vergonha na cara que ele tem. E de mim. Ah, como sinto raiva de mim, como pude ser burra assim? Como?!
Mas ele mentiu bem, e eu sou uma pessoa boa e ingênua. Prefiro ver assim, porque é assim. Sou sonhadora, e ele é falso. Usurpador.
Ou melhor, "a cura", como ele disse. Eu devia era ter acabado com ele, é o que eu penso agora. Minha vontade é ir até ele, e buscar, tudo de bom que ele levou de mim, e de ferí-lo. É fazer doer nele como dói em mim. É mostrar a ele toda a minha dor, mas isso não vai aplacá-la.
Eu não sei como aplacá-la, não sei como tirá-lo dos meus pensamentos. Na verdade, eu não sei como tirar o que idealizei da minha mente. Ele é um idiota, problemático. Ahhh! Nada vai mudar essa sensação que tenho agora de que fui uma completa idiota, mas tudo bem. Ao menos, eu tenho a mim, e sei que quando eu voltar a ficar bem, ainda serei eu, e continuarei uma boba sonhadora 'curada' mas ele, não. Porque nós podemos roubar o mundo dos outros, entrar neles apenas por diversão, magoar, para passar o tempo, mas com a certeza de que farão isso, com nossos mundos. E mesmo ele acreditando ser alguém, sem um mundo para ser arrasado, pobres daqueles que são sem abrigo, porque algumas, os expulsam. E quanto a você amiga? Como vai?

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