Idas e vindas.

Ele sempre soube que não tinha que ir, ele nunca quis ir, ele nunca conseguiu se manter distante. Ele tinha uma necessidade de sair, rodar o mundo, olhar outras mulheres só para dizer que nenhuma delas era melhor do que eu. Uma necessidade de me dar um tempo desnecessário para que eu achasse outro, para que eu me encantasse por outro, mas amando-o, outros não existiam, nem quando eu queria. Não havia. Nem quando ele quis ir. E ele voltava. Ele sempre voltava. E sempre me encontrava aqui. Mais um dia eu também resolvi ir embora. E eu fiquei bem assim. Sempre. Independente do que acontecesse, eu dava um jeito de ficar bem. Sem dramas, sem público, sem nada. Eu me virava. Sozinha. E ficava bem. Ele voltou. Mais não encontrou. Eu sei que passou por ele a ideia de me trazer de volta, de me pedir pra voltar, de me tomar nos braços como só ele sabia e trazer. Mais ele viu que eu estava bem onde estava. Era injusto comigo. E ele preferiu ficar de fora, vendo, acompanhando. Esperando. Ou sabe se lá o que. Sei que acabaria voltando. E indo novamente. Era amor. Não me restava dúvidas. Mais se estavamos prontos, se era aquele o momento. Ainda tinhamos dúvidas.