Sobre amor - e noites de sábado

Você pediu pra te acordar quando eu saísse do banho.
Eu te avisei que não conseguiria. Desculpe, mas é tão lindo ver você dormir! E eu nunca vejo você dormir porque sempre durmo feito pedra, e é você quem vela meu sono.
Você respira devagar enquanto dorme, seu sono traz paz pro quarto, pra mim.
Eu vejo aquelas marquinhas nas suas costas, estrias fininhas, e me lembro de quando as vi pela primeira vez, pensei que eram cicatrizes, que você apanhava quando era pequeno. Tive vergonha de perguntar, e fiquei tão aliviada quando você me explicou.
Ainda lembro de como riu quando te contei da minha teoria de "infância sofrida".
Eu te disse que não vou te acordar, mesmo querendo sair, mesmo querendo comida japonesa e um drink de frutas - gostoso ao paladar e aos olhos - eu não consigo te trazer pro mundo real.
Eu quero que sonhe, que descanse, que relaxe, que encontre paz.
Não tanta paz, porque isso parece meio mórbido.
Mas eu quero que você fique bem.
Ainda me decido se devo ou não me deixar ao seu lado, me enroscar nos seus braços e dormir até amanhã.
Mas você acabou de dizer que já já levanta e se arruma.
Aham, sei.
Está dormindo de novo. E não preciso de nada para adivinhar que assim você está bem como precisa.
Sei que assim o stress passou, as frustrações não existem.
O máximo que pode haver são sonhos ruins. Mas você não é disso.
E mesmo que eu queira sair, porque eu quero mesmo dar uma nova chance àquele restaurante, eu não consigo te acordar.
Obrigada pelo carinho no pé, acho que posso me arrumar.
Não vou te acordar, apenas garantir que continue sonhando.

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