Parte 10

Ian.
As flores mais lindas que eu havia visto pessoalmente, incrivelmente vermelhas, pareciam um desenho como tantos que eu já tinha visto.
Ainda meio tonta agradeci ao entregador entrei, respirei fundo para sentir o aroma das flores, e não sabia o que fazer, o que pensar, tentei conter um sorriso tímido como se alguém pudesse me ver.
Seria mesmo possível ignorar tudo aquilo?
Talvez o tempo me levasse a duvidar se aquele dia realmente existiu, se tudo aquilo aconteceu. Tentei reviver cada momento, bom ou ruim, para manter tudo aquilo vivo. Mesmo que aquele dia me fizesse questionar minha sanidade, meu juízo, eu não queria esquecer. Não queria esquecer Ian.
Seus detalhes incluíam a louca e estranha forma como ele surgiu.
Quando pensava em seu sorriso, o cuidado comigo no hospital, seu jeito misterioso, fazia meu coração disparar e disparava também um alerta de perigo que podia haver. Minha irresponsabilidade chegou ao ápice quando passei para ele meu endereço e telefone. Mas ali, com aquela beleza nas mãos, a loucura era explicável e valia a pena.
As flores eram lindas e o arranjo simples: o vermelho vivo e as pétalas aveludadas, os talos bem cortados, uma fita azul marinho finalizava unindo-as com um belo laço. Aquele azul quase negro era minha cor favorita, uma maravilhosa coincidência, ponto para ele.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obg! pela visita :)
volte sempre ♥