diálogo final.

" - Bom, peço desculpas de verdade Manoela, não queria expor sua vida dessa forma. Deveríamos nos reter as perguntas sobre seus projetos, e não ir tão a fundo, em um relacionamento do seu passado, que parece incomodar.
- Tudo bem, nunca tive vergonha de admitir isto, até porque, é a primeira vez que conto sobre.
- Ninguém nunca soube?
- Que era assim? Não. Não sei se ele sabia.
- E agora, e se ele estiver assistindo a sua entrevista?
- Nada vai mudar.
- Porque?
- Ele jamais saberia. Ele não faz ideia de que é dele que falo.
- Mas, não foi um amor, tão intenso?
- Descobri que a intensidade das pessoas é bastante diferente e que talvez eu tenha uma intensidade alta demais para amar, ou talvez a dele seja lenta, mas disso eu duvido. Eu ainda não entendi o que aconteceu, não sei porque ele teve que ir, porque tudo teve que acabar, eu simplesmente não entendo.
Depois dele, uma teoria me ajuda a enfrentar, cada vez que uma memória retorna. Eu passei a crer em um destino, e de repente, como pessoas imaginam, escrevem ou não sei, pregam, algo de sobrenatural me surgiu, e eu fugi ao meu destino, algo que não devia ser meu, alguém com quem eu não devia estar, que sei lá, não devia ter conhecido, mas eu conheci, talvez porque ele não resistiu. Mas ele se foi, para que eu seguisse o meu destino, meu caminho. Só que agora, é difícil, muito mais difícil.
- E se um dia ele voltar? Você pensa sobre?
- Não espero por ele.
- Porque? Raiva?
- Não. Talvez, amor demais. Mas nada explica, pois se ele me amasse, de verdade, não o teria feito. Não me deixaria, como eu, nunca o deixei. "

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