Não vou mentir agora, até a presença dele é perturbadora, é como se ele trouxesse de volta, apenas por respirar, coisas que eu já tinha esquecido, coisas que eu não me lembrava. Mas ali, com ele, tudo estava exposto, não tinha como ignorar. Eu o vi sorrir, falar, agir, de uma maneira tão perfeita, tão correta e segura, que parecia ser só para envergonhar meu jeito desajeitado e desastrado que um dia o conquistou, doía. Doía de novo, como eu não esperava, era tanta dor que eu segurava no meu peito fraco que a respiração saia sufocada, que eu tinha medo de desabar, desmaiar. Eu, que fui até ali, forte, cheia de mim, confiante, assisti enquanto me desfazia, enquanto chorava para ir para casa, minha mente tentava segurar fora de meu corpo os sinais do que ocorriam com ela, mas ela se perguntava incessantemente: Como pude me enganar assim? Eu estava forte, estava bem, contente até! E agora sentindo me um lixo?! Ela não tinha resposta, nada respondia isso. Devia ser o encanto dele sobre mim, um tipo de poder, que mexe demais comigo.
Lembro-me de uns vinte minutos de conversa, até que ele começou com seus casos, contando de sua vida recente, da qual não sei porque já não faço parte, e eu me perdi, tentando me controlar, não lembro de uma palavra sequer, não sei ao menos se falei, se o respondi, se dei a ele atenção, ou se só fiquei parecendo uma boba apaixonada olhando para ele, voltei para casa, com aquele sentimento de idiota, louca para acordar e descobrir que nunca sai de lá. '
texto inspirado em um tweet:
' eu tava melhor antes de falar com ele'
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