' - Eu entendo, não aceito. - ela disse, centrada no café, na xícara em suas mãos - Eu entendo muitas coisas em mim, nos outros, tenho defeitos que entendo, assumo, admito. Mais não aceito, não me orgulho deles. Mas não faço questão de escondê-los. Não sei esconder, sempre que escondo, sempre que minto, que omito. Exibo. Mostro mais que o comum. Deixo meu fingimento cair por terra. Não sou boa nisso. Então, saiba, que apesar de tudo, dos meus chiliques, das minhas loucuras. Eu entendo. O que não é o mesmo que aceitar. Mas, entendo. E esse já é um começo.
Ela o olhou, cheia de si. Sempre ficava assim quando desenvolvia bem um pensamento, quando conseguia expor de maneira totalmente compreensivel alguma coisa. Detestava ser ambigua. Odiava as várias interpretações. Gostava da verdade, gostou a vida toda. Nua e crua. Direta. E sorriu.
Ele sorriu. Sem saber como continuar. E como sempre, preocupado por ver que ela assumia cada coisa, cada pedaço, cada detalhe dela. E que sempre aceitava, suas ilusões, suas tristezas, e as consumia. Para não remoelas depois. Tentou sorrir. Mas ela sabia, que ele dava um riso falso, e se concentrou no café, novamente. '

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