a espera

Talvez eu não devesse testá-lo, mas já estava feito. Juntei minhas coisas, até umas dele para ter um apelo mais forte, arrumei as malas e fui.
Na cama arrumada, com as chaves do apartamento, um bilhete. Disse pouco, mas chorei muito para escrever, ao mesmo tempo que me sentia uma idiota, me sentia partindo inteira. Disse o que sentia, e que separações eram necessárias, disse pra onde ia, meu novo emprego, o pedido era implícito mas gritante. Em cada informação que deixei, deixei junto um 'me busque', rezando pra ele o fazer logo.
Fui pra rodoviária, pra casa de uma amiga na capital, e ali o que fiz foi esperar, cada ligação, cada vez que a campainha tocava eu congelava e me enchia de esperanças novamente, e desmoronava ao ver que não era ele.
Logo vi que eu estava certa, ele não me amava, não veio.
Meses se passaram, ele nunca nem ligou.
Eu nunca tive a certeza de que ele me amava ou não, mas cada dia que passava, eu ficava mais certa de que o amava, e essa certeza me fazia sofrer...

Um comentário:

Obg! pela visita :)
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