imprevisível

Em certos dias o romantismo toma conta, outros eu só quero sair, dançar, esquecer todo mundo e agitar essa cidade, eu não acredito em definições de personalidade, nem nas minhas, nem nas alheias. Eu mudo toda hora, agora eu gosto, amanhã eu não garanto, hoje odeio, amanhã não garanto. Eu sou de lua, eu vou pelo humor; admito que já cresci muito pra não ficar mais emburrada com quem não tem nada a ver com a minha raiva, mas admito também que não consigo disfarçar o que eu sinto, e nem tento. Eu sinto, e me apego a qualquer sentimento meu, seja ele bom ou ruim. Não é gostar de sofrer é que eu me conheço, e sei bem que se eu esconder ele lá no fundo, o resto do mundo vai me achar muito feliz, mas quando esse mundo todo ficar mais distante, é essa tristeza que vai vir lá do fundo pra me desanimar. Então aceito meus sentimentos, e aprendo com eles, negar e ignorar, pra mim não dá, comigo não funciona, eu não uso tapete na sala, não tem onde esconder a poeira, eu tenho mesmo que limpar, mesmo que fique triste com isso, é o que funciona comigo.
Hoje, acordei bem, nem tão romântica, nem tão pervertida, só acordei, ainda cansada, tenho que comentar, mas com uma vontade boa de me descrever não descrevendo, de dizer coisas que eu sei, mas as pessoas nunca parecem saber, eu detesto quando as pessoas pensam que sou previsível, acho que nada é previsível, talvez por isso eu fico sempre muito preocupada, nunca sei no que vai dar. Mas hoje eu sei que vai dar, que eu vou sair, rir um pouco e me divertir moderadamente, que o tédio vai me dominar em certa parte do dia, e que eu vou querer muito voltar pra cama ou pras teclas. É, acho que hoje acordei meio previsível.

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