Meia garrafa de vinho em cima da pia

E ele a deixou com um sorriso partido, um coração apagado, algumas contas novas e meia garrafa de vinho na pia.
Sem olhar pra trás, ele foi na estrada que decidiu tomar, sem pensar se estava errando, ou se ia se arrepender, ele simplesmente foi.
Se hospedou em um motel, na beira da estrada. Um quarto, cama de casal pra ele, um banho. E enquanto a agua tocava quente sua pele, sua cabeça se desconfundia, e ele se tocava de tudo, ele percebia tudo o que estava deixando, o que estava fazendo, mas não sabia ao certo o que procurar, o que fazer, dali em diante.
Caiu na cama, e se entregou facilmente, ao sono, aos sonhos.
E tudo para ele naquele momento, parecia demais. Demais, chances demais, tempos demais, amor demais, muito de nada. E sem saber pra onde ir, pra onde seu coração queria ir, e ao mesmo tempo, sem saber deixar tudo ali.
O que ele queria, não era fugir dela, dos sentimentos, mas dele. Da própria cabeça, e talvez ele só conseguisse isso, se soubesse que não a machucaria, e preferiu se afastar. Mantendo a segura, dele mesmo.
Longe dali, ela chorava, e só pedia, calada. Me deixe voltar, voltar pros seus braços.

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