Estranho Paraíso - Blog Novo ♥ Já Conhece?

Será que é preciso esperar a sexta-feira para sorrir? Só dá para ser feliz nos finais de semana? Precisamos do final do ano para sentirmo-nos gratos? É preciso falecer para chegar ao Paraíso?
O intervalo que chamamos de vida, breve ou não, é um presente para que possamos ser felizes. Então,

Seja feliz (:

Seu paraíso pode estar mais perto do que pensa, pode ser mais alcançável do que imagina.
Mais do que bem vindo ou bem vinda, desejo que você venha sempre e retorne quando quiser e seja feliz.
As vezes parece um tanto estranho querer criar um paraíso, mas queremos felicidade e viver isso plenamente é uma forma de paraíso. Proponho que você se permita, encontre e descubra, mais sobre você e sobre o mundo, assim, compartilhe também.
Ofereço a você a ideia de criar um paraíso em qualquer lugar com o que você tiver aí. Por mais estranho que isso pareça.
Bom, eu criei o meu Estranho Paraíso em meio a Depressão e ainda que isso seja bastante estranho, ainda é meu paraíso e tento fazer do que eu tenho o melhor possível.
Sempre gostei de compartilhar tudo, para mim este é um Blog Pessoal e em blogs pessoais nós falamos de nós mesmos, das nossas experiências, vivências, opiniões e trazemos dicas e tudo mais. É o que eu pretendo fazer aqui. Compartilhar o meu paraíso é meu objetivo. Já estou na blogosfera há alguns anos, você pode conhecer outros textos e outras fases minhas no meu antigo blog o Goiabasays.

O fim.

Eu tinha a certeza de que um dia isso ia acabar, mas não, nunca me imaginei escrevendo um post de despedida. E aqui estou, fazendo justamente isso agora.
Para você que leu até aqui, saiba que esta não é uma despedida de você, é uma despedida do Goiaba.
O blog tem muito tempo, me acompanhou por muita coisa, mas eu zerei a vida. (Logo eu que nunca zerei jogo nenhum). 
Eu acho que mesmo sem quebrar um membro sequer, fiz coisas demais: tive um blog pessoal, tive um blog em parceria, conheci gente através de carta, gravei vídeo, escrevi, escrevi, escrevi e escrevi, criei histórias, deixei histórias pelas metades, trouxe fim para coisas sem começo, escrevi coisas sem pé nem cabeça, nunca revisei um texto.
Me formei no colégio, consegui um emprego e bem na sequência um namorado, trabalhei, fiz curso técnico, estágio, trabalhei mais, trabalhei demais, conheci gente, perdi gente, conheci a dor da perda, entrei em depressão, comecei com as crises de ansiedade, faço terapia, deixei a faculdade em bh, deixei bh, saí do serviço, fiquei sem serviço. zerei.
estou deixando o Goiaba, para zerar de verdade e começar tudo outra vez.
vocês logo vão saber onde.


Obrigada por ler o que eu escrevi, por comentar, por vir aqui.
Simplesmente, obrigada.
o sentido das coisas é aquele que imprimimos à elas.
Minha impressora deve estar estragada. Minhas ideias devem estar espalhadas por uma sala escura e suja.
estou funcionando no piloto automático. Bom, na verdade eu não estou funcionando muito, eu tô aqui vegetando neste estado. não vou dizer que está difícil, não está pesado pra mim, sei lá. parece que agora acabou. Acabou e eu não preciso sofrer mais com tudo isso.


sobre morte

Instável.
24 horas por dia, 7 dias por semana.
Não há um só momento onde possamos respirar aliviados 'ufa, ela agora tá bem'.
Nossa vida se tornou a vida dela, não haviam opções e talvez ela saiba e perceba isso porque as vezes é obvio demais até para nós, até para quem não conhece.
Ter um bebê. Imagine quantos cuidados e quanta dedicação.
Agora mude esse cenário de cuidados e dedicação para uma pessoa jovem, jovem mesmo na casa dos vinte que tentou suicídio atacando com uma faca de corte liso indicada para legumes a artéria femoral.
Hospital. Cirurgias. Transfusões. "É um milagre ela estar viva", "não era a hora dela". Psicoterapia. Mais remédios. Mais tarjas coloridas e negras. Dias desacordada.
Era realmente um milagre, para o mundo e para todos. Mais uma falha para ela, mais um motivo para olhar os pais com olhos mareados e dizer 'desculpa' pela milionésima vez desde que alguém disse para ela: "você está em depressão".
Se tivessem dito que era câncer, tudo seria tão diferente.
Ela iria sofrer, porque tinha motivos e VONTADE de viver.
As pessoas se padeceriam porque, 'coitada' ela vai morrer, "ela só quis adiar todo aquele sofrimento". É mais palpável, é mais compreensível.
Particularmente, poupe-me.
Ela está numa cama de hospital à mesma maneira, e seu quadro é instável.
Instável como seus pais divorciados que tentam guardar os problemas mal resolvidos nos bolsos quando dividem obrigadamente o mesmo espaço.
Instável como as lágrimas nos olhos do amado que se pergunta onde estava e porque não percebeu como ela estava, o que ela preparava, "por que não a salvou".
Instável.
Assim eu estou agora.
Eu acordo todo dia instável e preciso de algum tempo para que meu eu diga como estamos, como eu estou.
Mas estamos seguindo, ainda que buscando um caminho. Estamos mantendo as facas guardadas na gaveta da cozinha.