Quando o táxi passava
pelo parque ele pediu que o motorista parasse, e deu a ele algumas
notas.
- Por favor, deixe a
senhorita em casa. – ele abriu a porta e me encarou – Cuide-se,
vá para casa, e não faça mais coisas arriscadas assim, ok?
- Não. Você não vai
fugir novamente. – disse, segurando seu braço.
O taxista nos encarou.
- Vamos senhorita?
- Não obrigado, vou
ficar aqui mesmo.
Ele olhou novamente
para o estranho rapaz que não esboçou nenhuma emoção, trocou o
dinheiro e devolveu o troco.
- Boa noite. – o
taxista disse enquanto descíamos.
O táxi seguiu seu
caminho e quando eu me virei para encara-lo, ele entrava em meio as
árvores.
- Volte aqui!
Corri atrás dele e
agradeci por estar de botas, o chão estava infestado de galhos e
insetos, mas eu estava protegida pelas botas que vinham até os
joelhos.
- Você caminha todas
as tardes, nunca pensou em correr? – ele gritou rindo enquanto
tomava distância.
- Eu não consigo
correr! – gritei de volta, sentindo o ar faltar em meus pulmões.
O som dos passos dele
cessou no mesmo momento em que me curvei, escorando minhas mãos nos
joelhos, o cansaço tomou meu corpo e toda a adrenalina desse dia
louco pareceu sumir, eu estava chegando ao chão quando senti seus
braços me pegarem.
- Cecília? Você está
bem? Fale comigo!- ele dizia, mas sua voz, um grito quando disse meu
nome, ia ficando distante e o parque escuro.
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