Inexplicável.
Tudo que acabara de
acontecer só podia ser definido dessa forma, por mais que eu
tentasse entender não havia como. Afinal de contas, o que ele estava
fazendo ali? E porque correu para o mar sendo que ficaria preso de
qualquer forma, não havia saída no fim da ponte, será que
pretendia se jogar? Depois de aqueles rapazes o agredirem ele não
estava machucado e correu em direção aos barcos como se nada
tivesse acontecido e o pior, ele sabia meu nome.
A noite já havia
caído, mas eu não conseguia voltar pra casa.
Saí do velho porto e
fui caminhando pela cidade com medo de uma perseguição, mas sem
saber para onde ir, rodei por horas até notar o caco que estava.
Disfarçando o caminho fui pra casa, passei um bom tempo no banho
tentando colocar minhas ideias no lugar.
Me arrependi por ter
ajudado inicialmente, mas depois meu arrependimento foi por não
te-lo seguido, devia ter ido atrás de uma explicação.
Já era tarde, mas
minha mente não parava.
A curiosidade me
atiçava e meus pensamentos pareciam gritar como se houvesse uma
multidão inconstante em mim. Saí do banho, engoli o que consegui, e
decidi.
Um jeans, botas, casaco
preto e os cabelos bem presos em um rabo, deixei a bolsa de lado e
peguei só o que poderia precisar: celular, um pouco de dinheiro e
algum documento. Respirei fundo, pensei na loucura que estava fazendo
e saí.
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