Assim que o
avistei, o ar se prendeu na minha garganta e por muito pouco eu não gritei.
Era muito
difícil ver alguém por ali, as poucas pessoas que moravam ali perto já eram
mais velhas e não ficavam por ali nesse horário. Me assustei e fiquei parada no
meio do nada mas ele não pareceu me perceber. Parecia estar sentado a espera de
alguma coisa, alguém talvez.
Me controlei
e segui caminhando, ele estava em um banco de pedra próximo a rua que dava
acesso a ponte e também que levava a saída para minha casa. Ao me aproximar
notei que devia ser um pouco mais velho que eu, cabelos escuros e curtos, uma
camisa preta, bermuda jeans e um tênis surrado. Ele não me olhou um só momento,
parecia concentrado, sabe-se lá no que, olhava fixamente para o nada e eu me
senti um pouco mais segura, continuei caminhando e atravessei a rua para ficar
mais próxima das poucas casas que haviam ali, pelo menos aquelas que estavam
habitadas.
De repente
ouvi um carro, o som vinha da ponte, próximo aos antigos prédios de
armazenagem. Pensei se era esse carro que o estranho esperava, mas descobri que
não, eu o vi correndo em direção a ponte com outros dois homens atrás dele. Não
sabia o que fazer, corri de volta para a ponte, gritei para que se afastassem
dele mas os homens o alcançaram e jogaram no chão, pareciam arrancar alguma
coisa dele, algo que ele escondia debaixo da camisa mas eu não conseguia ver,
muito menos entender.
Gritei.
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